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segunda-feira, 14 de maio de 2012

OBRA DE PHILIPPE PERRENOUD- TEXTO DISSERTATIVO

                     
                               DEZ NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR
                                           PHILIPPE PERRENOUD

Muitos educadores pressupõe que não precisam criar novos métodos de ensino, acreditam que inventar diversas maneiras de ensinar, é complicado e cansativo. Ainda outros se sentem desmotivados por conta da reação dos seus educandos (falta de interesse), pois, nem sempre é fácil suscitar no aluno o desejo de aprender, despertar seu interesse e motiva-lo a participar das aulas. Movidos por estas deficiências constatadas no cotidiano escolar, entendemos que o professor precisa se renovar. Por que o docente precisa criar novas competências para ensinar?
Lendo a obra de Philippe Perrenoud que nos mostra como o docente pode criar seu planejamento de aula dentro do Projeto Político Pedagógico estabelecido pela escola, incluindo nele diversas competências, entre elas destacamos dez das quais se encontram na obra publicada em dois mil e oito, intitulada Dez Novas Competências Para Ensinar. Sobressaímos os primeiros capítulos onde diz como o professor poderá enfrentar os deveres e problemas éticos da profissão que escolheram e como o educador deverá administrar sua própria formação contínua.
Sempre existiram competências para ensinar, Philippe Perrenoud procurou destacar e simplificar Dez dessas competências para que os docentes possam saber lidar e aplicar no seu dia-a-dia em sala de aula. Podemos ver na obra Dez Novas Competências Para Ensinar, publicada no ano de 2008 pela editora ESF na língua francesa, onde diz que os professores precisam trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem, o autor destaca:

 “Reestruturar seu sistema de compreensão de mundo – uma verdadeira situação problema obriga a transpor um obstáculo graças a uma aprendizagem inédita.
Quando se depara com um obstáculo é, em um primeiro momento, enfrentar o vazio, a ausência de qualquer solução, até mesmo de qualquer pista ou método, sendo levado à impressão de que jamais se conseguirá alcançar soluções. Se ocorre a devolução do problema, ou seja, se os alunos apropriam-se dele, suas mentes põem-se em movimento, constroem hipóteses, procedem a explorações, propõem tentativas. No trabalho coletivo, inicia-se a discussão, o choque das representações obriga cada um a precisar seu pensamento e a levar em conta o dos outros.” (PERRENOUD, Philippe Cap.01/p.36)
 Perrenoud nos diz que, não podemos apenas conhecer e dominar as matérias que lecionamos, mas dominar competências, que antes eram restritas apenas aos inovadores. Atualmente, muitas maneiras de ensinar acabaram ficando ultrapassadas, e é justamente isso que o autor procura passar no primeiro capitulo do livro (Organizar e dirigir situações de aprendizagem), a importância de o educador ser inovador, inventor de novas formas, tendo como objetivo passar a matéria de uma maneira mais interessante envolvendo o aluno, fazendo-o pensar, buscar soluções para a atividade proposta.
As temáticas abordadas nos mostram que o ensino é uma evolução, no entanto são poucos os que estão dispostos a seguir essas competências. No segundo capitulo vimos que precisamos estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. Perrenoud nos esclarece que “escolher e modular as atividades de aprendizagem é uma competência profissional essencial que supõe não apenas um bom conhecimento dos mecanismos gerais de desenvolvimento e de aprendizagem, mas também um domínio das didáticas das disciplinas”. (Perrenoud, Cap.02/p. 48).
Foi-nos esclarecido que não basta apenas o professor está ciente da dificuldade do aluno, se faz necessário também compreender a heterogeneidade no âmbito de uma turma, abrir e ampliar espaços, fornecer apoio e cooperar de forma simples, além de ensinar mutuamente os alunos que apresentam dificuldades, compreendendo o motivo dessas dificuldades de aprendizagem e formular maneiras de superá-las. Existem aprendizagens que só ocorrem por meio de interações sociais, seja porque se visa ao desenvolvimento de competências de comunicação ou de coordenação, seja porque a interação é indispensável para provocar aprendizagens que passem por conflitos cognitivos ou por formas de cooperação.
O livro de Perrenoud (2008) estimula o bom entendimento entre aluno e professor além de mostrar como fica difícil quando não há uma boa comunicação em sala de aula e que muitos problemas podem começar a ser solucionados apenas com um diálogo.
Não encontramos no livro todas as soluções para cada caso, porém, é possível  identificar os problemas e o professor com uma visão reflexiva, busca soluções para não apenas remediar os problemas, mas solucionar questões.
Concordamos com o que disse Perrenoud, à medida que envolvermos os alunos em aprendizagens e em seus trabalhos, iremos despertar neles o desejo de aprender, por que explicar a relação entre o saber, o sentindo do trabalho escolar, desenvolveremos na criança a capacidade de auto – avaliação, além de fazermos funcionar o conselho de alunos  negociando com eles diversos tipos de regras e de contratos. No papel de docente ainda poderemos oferecer atividades opcionais de formação e favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho nem sempre é simples. Isso requer saber trabalhar de modo eficaz em equipe. É preciso “discernir os problemas que requerem uma cooperação intensiva, participar de uma cultura de cooperação, estar aberto para ela, saber encontrar e negociar as modalidades ótimas de trabalho em função dos problemas a serem resolvidos; saber perceber, analisar e combater resistências, obstáculos, paradoxos e impasses ligados à cooperação, saber se auto-avaliar, lançar um olhar compreensivo sobre um aspecto da profissão que jamais será evidente, haja vista sua complexidade.” (PERRENOUD, Cap. 04 e 05/p.78).
É preciso uma motivação para a evolução no âmbito escolar e uma maior participação dos alunos, temos a obrigação de ver a participação dos alunos, por um duplo ponto de vista:
 “é o exercício de um direito do ser humano, o direito de participar, assim que tiver condições para isso, das decisões que lhe dizem respeito, direito da criança e do adolescente, antes de ser direito do adulto;
- é uma forma de educação para a cidadania, pela prática”.
Assim sendo, o sistema educativo tem o dever de dar uma autonomia de gestão aos estabelecimentos e as equipes pedagógicas, dando aos professores uma capacidade de não monopolizarem esse poder delegado e permitindo que eles possam partilhá-lo, por sua vez com seus alunos.
“Uma nova organização do trabalho, pela introdução, por exemplo, de ciclos de aprendizagem, modifica o equilíbrio entre responsabilidades individuais e responsabilidades coletivas e torna necessário, não somente um trabalho em equipe, mas também uma cooperação da totalidade do estabelecimento, de preferência baseada em um projeto” (PERRENOUD, Cap.06 p. 107).
No capitulo sete vimos como devemos envolver os pais na construção de saberes onde nos diz que:
“É mais difícil compreender como os pais, desejosos que seu filho tenha êxito, poderiam obstaculizar diretamente suas aprendizagens. No entanto, é o que acontece, em geral involuntariamente, e preocupa uma parte dos professores. Assim, inúmeros pais ainda pensam que, para adquirir conhecimentos, é preciso sofrer, trabalhar duro, aprender de cor, repetir palavras e seu manual, em suma, aliar esforço e memória, atenção e disciplina, submissão e precisão. Os professores que partilham dessa maneira de ver não têm muitos problemas com esses pais. Eles podem dar mais deveres de casa, multiplicar as provas, segurar as crianças depois da hora, punir e até mesmo bater nas crianças que não trabalham fazer o terror reinar, dramatizar as notas baixas: terão o apoio incondicional daqueles pais que pensam que só se aprende sob imposição e dor. Os professores que praticam os métodos ativos e os procedimentos de projeto suscitam, ao contrário, a adesão dos pais partidários dessa abordagem e a desconfiança dos outros (Perrenoud, Cap.07 p. 120)”.
Aprendemos com Perrenoud a trabalhar e Prevenir a violência na escola e fora dela, e como podemos Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.
Na palavra de Perrenoud (2008) nos diz que, se um jovem sai de uma escola obrigatória, persuadido de que as moças, os negros ou os mulçumanos são categorias inferiores, pouco importa que saiba gramática, álgebra ou uma língua estrangeira. A escola terá falhado drasticamente, porque nenhum dos professores que pode intervir em diversos estágios do curso terá considerado que isso era prioritário. (PERRENOUD, Philippe, Cap. 09 p. 149).
O professor deve estar ciente de que não é necessário apenas conhecer e dominar as matérias que leciona, mas dominar competências, que antes era restrita apenas aos inovadores. Algumas formas de lecionar já estão ficando completamente no passado, já que o professor está ciente de que é necessário que suas aulas sejam bem absorvidas pelos alunos, ou seja, eficaz. Não adianta dominar o assunto se não souber fazer com que o aluno goste e aprenda o que está sendo passado.
O livro nos esclarece que o ensino é uma evolução, porém nem todos estão dispostos a seguir essas competências. Muitos por medo de inovar, outros por achar que seus métodos são eficazes e que, portanto, não necessitam de novas competências.
Essas competências deveriam entrar na formação dos professores, para que desde o começo eles possam adquirir uma visão mais reflexiva dos assuntos relacionados ao ensino, sendo necessário desenvolver esse tipo de habilidade no professor. Uma análise crítica da forma como leciona e dos erros e acertos em sala de aula devem ser abordados de forma a estimular que todo professor tenha essa consciência de que pode estar errando em algum ponto, e que pode melhorar. Da mesma forma como pode aprimorar os acertos, dando mais qualidade as suas aulas e ao seu próprio desenvolvimento profissional.
O livro nos estimulou ao bom entendimento entre aluno e professor. Mostrou como fica difícil quando não há uma boa comunicação em sala de aula e que muitos problemas podem começar a ser solucionados apenas com um diálogo.  No livro ele não nos deu todas as soluções para cada caso, mas ele identificou problemas, e o professor com uma visão reflexiva, buscou soluções para não apenas remediar os problemas, mas solucionar questões. Sabemos que existem muitas questões diferentes em sala de aula, e que no texto não dá para ser abordado tudo que pode ocorrer, mas com a sensibilidade do professor, e a vontade de melhorar a qualidade de suas aulas, já encontra no livro um caminho prático de como começar.
“É inútil exigir esforços sobre humanos aos professores, se o sistema educativo não faz nada além de adotar a linguagem das competências, sem nada mudar de fundamental. O mais profundo indício de uma mudança em profundidade é a diminuição de peso dos conteúdos disciplinares e uma avaliação formativa e certificativa orientada claramente para as competências. Como eu disse as competências não dão as costas para os saberes, mas não se pode pretender desenvolvê-las sem dedicar o tempo necessário para colocá-las em prática. Não basta juntar uma situação de transferência no final de cada capítulo de um curso convencional. Se o sistema muda não somente reformulando seus programas em termos de desenvolvimento de competências verdadeiras, mas liberando disciplinas, introduzindo os ciclos de aprendizagem plurianuais ao longo do curso, chamando para a cooperação profissional, convidando para uma pedagogia diferenciada; então o professor deve mudar sua representação e sua prática” (Perrenoud, Philippe. 1999).

 






REFERÊNCIAS:

Perrenoud, Ph. (1994) Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas, Lisboa, D. Quixote.
Perrenoud, Ph. (1995) Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar, Porto, Porto Editora.
Perrenoud, Ph. (1999) Avaliação. Da Excelência à Regulação das Aprendizagens, Porto Alegre, Artmed Editora.
Perrenoud, Ph. (1999) Construir as Competências desde a Escola, Porto Alegre, Artmed Editora.
Perrenoud, Ph. (1999) Pedagogia Diferenciada, Porto Alegre, Artmed Editora.
Perrenoud, Ph. (2000) Dez Novas Competências para Ensinar, Porto Alegre, Artmed Editora.
Perrenoud, Ph. (2008) Dez Novas Competências para Ensinar, Editora ESF (21/11/ 2008) na língua francesa.
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html.
Ultimo acesso 10/05/2012 as 20 h31 min.

GRUPO: Aline L. O. Silva Raquel L. Silva Telmara A. O. Borges Verônica R. Meira

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